Número de ambulâncias com desfibrilador no país cresce cinco vezes
Quantidade de veículos com aparelho salta de 300 para mais de 1,5 mil até fim de setembro. Ministério da Saúde investe R$ 5,8 milhões na compra de equipamentos.
Até o fim de setembro, o Ministério da Saúde vai equipar todas as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU/192) com desfibrilador externo automático (DEA). Atualmente, as 300 Unidades de Suporte Avançado já possuem o aparelho capaz de reanimar o paciente que está sofrendo uma parada cardiorrespiratória. Esse modelo de ambulância é conhecido como UTI Móvel. Agora, as 1.221 Unidades de Suporte Básico também passarão a contar com o equipamento. O investimento do Ministério na compra de DEA é de R$ 5,8 milhões.
O uso do desfibrilador tem se disseminado nos serviços de emergência à medida que evidências comprovam a eficácia dele. O atendimento rápido, aliado à utilização do equipamento no próprio SAMU, pode aumentar em até 80% as chances de sobrevida de pacientes com parada cardiocirculatória em fibrilação ventricular. Eles representam 20% dos casos de infarto atendidos fora dos hospitais. O infarto agudo do miocárdio é uma das principais causas de morte no país e mata 30% das pessoas acometidas antes da chegada ao hospital.
O desfibrilador externo automático é composto de duas pás que são aplicadas sobre a região do tórax do paciente. Quando o aparelho é ligado, inicia-se o registro do batimento cardíaco e, dependendo da leitura feita, o equipamento orienta apertar ou não o “botão de choque”. O equipamento também fornece as instruções para prosseguir o tratamento da parada cardíaca. As Unidades de Suporte Básico do SAMU/192 já contavam com aspirador e oxímetro portátil.
As Unidades de Suporte Avançado são equipadas com monitor/cardioversor, ventilador pulmonar, aspirador, oxímetro portátil e detector fetal. O monitor/cardioversor tem a mesma função do DEA. É um equipamento composto de um painel e duas pás que são aplicadas sobre a região do peito para o registro do batimento cardíaco. É manipulado por equipe médica, em que apenas o profissional é capaz de interpretar o traçado elétrico do monitor para realizar o atendimento.
TELE-ELETROCARDIOGRAFIA DIGITAL – O SAMU/192 implantou no início deste ano tecnologia de ponta para melhorar a atenção às emergências. Já são 130 ambulâncias equipadas com aparelhos de Tele-Eletrocardiografia Digital, sistema desenvolvido em conjunto com o Hospital do Coração de São Paulo. O objetivo é expandir o uso dessa tecnologia que permite aprimorar o diagnóstico dos pacientes, em um menor tempo, garantindo o atendimento essencial para salvar vidas.
As equipes do SAMU/192 podem receber um laudo, elaborado por um grupo de cardiologistas do HCOR, no local do atendimento da vítima. O Tele-Eletrocardiograma envia os dados da atividade do coração via telefonia móvel ou fixa para os especialistas que respondem com um parecer sobre o caso.
SAMU/192 - O serviço do SAMU/192 é uma das ações integradas dos programas de assistência a pacientes em situação de urgência. É um programa criado para funcionar 24 horas e organizar o fluxo de atendimento na rede pública, reduzindo as filas nos pronto-socorros dos hospitais. A Central de Regulação conta com médicos treinados para atender aos telefonemas e passar as primeiras orientações às vítimas, além de encaminhar as equipes para os locais das ocorrências, quando necessário.
O SAMU/192 ajuda a orientar o atendimento, levando o paciente para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h), em casos de fraturas, cortes, queimaduras e até infarto, ou para hospitais, em situações mais graves que exigem um acompanhamento específico. Atualmente, são 1.521 ambulâncias circulando em todo o país e atendendo a mais de 106 milhões de brasileiros em 1.286 municípios.
Fonte: http://portal.saude.gov.br/