Cremepe envia nota oficial sobre a bactéria multirresistente KPC
O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) enviou uma nota informando à população e aos profissionais de saúde que a na de Pernambuco (Cremepe) informa à população e aos profissionais de saúde que a Klebsiella Pneumoniae Carbapneumase (KPC) é uma bactéria multirresistente, ou seja, resistente a vários antibióticos, que pode causar infecção ou apenas colonizar (ser portador sem desenvolver doença) pacientes com fator de risco para terem esses germes.
No documento, o Cremepe também esclarece que a identificação é decorrente da preocupação em se aumentar a vigilância sobre germes presentes nos ambientes hospitalares e da implementação de novas tecnologias diagnósticas.
A nota diz ainda que não há indícios da proliferação da KPC fora do ambiente hospitalar, mas para a prevenção da existência desses casos, bem como para o controle e prevenção da disseminação nos hospitais, todos os acompanhantes, visitantes e familiares de pacientes infectados ou colonizados por germes multirresistentes, assim como todos os profissionais de saúde devem seguir algumas orientações mínimas. Dessa forma, as medidas abaixo devem ser seguidas para o controle de todos os microrganismos multirresistentes, incluindo as bactérias portadoras do gene KPC:
1. Higienização das mãos para todos os profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes, antes e após o contato com o paciente.
2. Manter o ambiente limpo e organizado, realizando diariamente desinfecção com álcool a 70% em todas as superfícies e objetos.
3. Instituir medidas de precauções de contato (*) em adição às precauções padrão para profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes, nas seguintes situações:
3.1. Colonização (portador da bactéria multirresistente sem desenvolvimento de infecção) e/ou infecção por microrganismo multirresistente comprovado microbiologicamente (com resultado positivo de cultura);
3.2. Pacientes procedentes de outro hospital;
3.3. Pacientes com história de uso prévio de antimicrobianos ou hospitalização nos últimos 60 dias;
3.4. Pacientes com úlceras de decúbito;
3.5. Pacientes procedentes de asilos, unidades de longa permanência, unidades de hemodiálise.
4. Colher culturas de vigilância (swab nasal, swab retal. orofaringe ou secreção traqueal, aspirado de úlceras cutâneas) para os pacientes com os fatores de risco para colonização e/ou infecção por microrganismo multirresistente (itens 3.2, 3.3, 3.4, 3.5).
5. Comunicar de imediato à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar se identificação de paciente com colonização e/ou infecção por microrganismo multirresistente e instituir as medidas de precauções de contato (*) e as descritas nos itens 1 e 2.
6. Manter o paciente colonizado e/ou infectado com microrganismo multirresistente sob precauções de contato até a alta hospitalar.
7. Aplicar as medidas de precauções de contato (*) para os profissionais de saúde em contato direto com o paciente, quando da realização de transporte do paciente intra ou inter-institucional.
8. Comunicar, no caso de transferência intra ou inter-institucional, se o paciente é colonizado ou infectado por microrganismo multirresistente.
9. Sinalização do leito para identificação da necessidade de aplicação das medidas de precauções acima descritas, pela equipe assistencial. Promover ações para não discriminação do paciente com colonização e/ou infecção com microrganismo multirresistente.
A nota foi produzida depois de uma reunião entre representantes de diversas entidades com a a vice-presidente do órgão, Helena Carneiro Leão. Na ocasião, estiveram presentes na reunião, representantes da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), da Secretaria de Saúde do Recife, da Sociedade Pernambucana de Infectologia, além de integrantes das Câmaras Técnicas do Cremepe de Medicina Intensiva e Infectologia.
Fonte: pernambuco.com