19 agosto 2010

Mulheres com problemas ginecológicos podem esperar anos por cirurgia no HC


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Há casos em que o tempo de espera é de seis anos; os médicos do Hospital das Clinicas trabalham com um único aparelho para dar conta de uma fila de espera de 300 pacientes.
Saber da existência de uma doença e ter que esperar até seis anos para se submeter a uma cirurgia, que pode trazer melhoras para a saúde. Mulheres com problemas ginecológicos que precisam fazer cirurgias endoscópicas, que são consideradas menos invasivas, podem esperar esse tempo para realizar o procedimento no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife. Os médicos trabalham com um único aparelho para dar conta de uma fila de espera de 300 pacientes.


Dona Helena do Nascimento (foto 1), de 74 anos, perdeu a tranquilidade quando recebeu o diagnóstico: ela precisa retirar um pólipo do útero, mas ainda não sabe quando será operada no Hospital das Clínicas. “Mais de dois anos. Eu fico muito agoniada, eu sou nervosa”, conta.

A professora Helena Nagy (foto 3), do Departamento de Ginecologia da UFPE, explica que faltam equipamentos para as cirurgias endoscópicas. Para retirar pólipos, miomas e fazer biópsias só existe um ressectoscópio, aparelho que tem uma pequena câmera, cânulas e o instrumento de corte (foto 2). 

"Há falta de equipamentos. Nossos equipamentos são muito antigos, não foram renovados apesar dos esforços da direção do hospital, dos projetos que temos mandado há algum tempo para o Ministério da Saúde", informou Nagy. 

A dificuldade ficou ainda maior com uma nova determinação da  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proibiu pequenos procedimentos  cirúrgicos nos ambulatórios e passou a determinar a esterilização dos equipamentos com o uso de autoclaves que só existem nos blocos cirúrgicos. 

Com a determinação, 30% dos casos, considerados mais simples, deixaram de ser resolvidos na hora pelo médico. Resultado: há 300 pacientes na lista de espera para a  cirurgia com o único ressectoscópio do hospital. E o mais grave é que apenas uma cirurgia está sendo realizada por semana. Nesse ritmo, para atender todas as  pacientes, seriam necessários seis anos, sem contar os novos casos que não deixam de surgir. 

"Diríamos que a saída para minorar este problema seria adquirir logicamente os equipamentos, mais salas cirúrgicas para diminuirmos esta demanda a médio prazo", declarou o chefe do serviço de Ginecologia do HC, Sabino Pinho (foto 4).

O Ministério da Saúde informou que foi liberado, esta semana, R$ 100 milhões para reestruturação de 45 hospitais federais universitários, entre eles o  Hospital das Clínicas. A unidade ficou com R$ 4,181 milhões. A direção do HC disse que o dinheiro vai ser usado em reformas e compras de equipamentos,  inclusive os usados na endoscopia ginecológica. No início do próximo ano, o bloco cirúrgico também deve ser contemplado, com a liberação de novos recursos. 

A Secretaria da Saúde foi procurada pela reportagem para saber se existem outros hospitais que realizam este tipo de cirurgia nas mulheres. A secretaria  disse que os hospitais Agamenon Magalhães, Barão de Lucena, a Maternidade da Encruzilhada e o Imip, todos no Recife, fazem cirurgias endoscópicas nas  mulheres.

Da Redação do pe360graus.com
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