03 agosto 2010

Hiperidrose


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O que é?

A hiperidrose é a produção excessiva de suor pelas glândulas sudoríparas. Entre suas causas estão os estímulos emocionais (hiperidrose emocional) ou uma maior sensibilidade dos centros reguladores de temperatura, pois a sudorese está diretamente ligada ao controle da temperatura corporal. Além disso, algumas doenças metabólicas ou lesões neurológicas também podem dar origem ao quadro.

Manifestações clínicas

As áreas mais atingidas são as axilas, palmas das mãos, plantas dos pés, região inguinal e perineal, com grande eliminação de suor, que não tem cheiro desagradável.

Na hiperidrose emocional, a sudorese aumenta em situações de desconforto ou tensão emocional, sendo as palmas das mãos e plantas dos pés os locais mais frequentemente atingidos. O incômodo causado pela sudorese excessiva pode trazer ainda mais tensão ao paciente, piorando seu quadro e trazendo dificuldades de relacionamento ou, até mesmo, profissionais.

Na fase escolar, crianças acometidas podem ter sérios problemas para fazer provas, pois o suor das mãos embebe o papel, impedindo a escrita.

Quando a sudorese excessiva surge durante exercício físico ou devido ao calor, a hiperidrose costuma ser generalizada e não tem relação com situações de stress emocional.

Tratamento

O tratamento é feito com medicações de uso local que visam diminuir a secreção sudorípara ou através da utilização de aparelhos para iontoforese. Medicações via oral podem interferir no funcionamento cardio-vascular, e seu uso exige cuidados específicos. Nos casos de hiperidrose emocional, o apoio psicológico pode ajudar bastante, sendo, em algumas situações graves, indicado o uso de tranquilizantes.

A toxina botulínica surge como uma boa opção terapêutica, interrompendo a secreção sudoral na área tratada por períodos que variam entre 6 a 8 meses. Casos graves de hiperidrose axilar podem ser tratados cirurgicamente, com a remoção das glândulas sudoríparas ou através da simpatectomia, quando os nervos responsáveis pelo estímulo à sudorese são cortados.

Toxina botulínica x hiperidrose

A toxina botulínica, mais conhecida pelo nome comercial de Botox®, vem sendo utilizada para mais uma finalidade terapêutica. Além do seu uso em oftalmologia, para tratamento de contrações musculares involuntárias e do uso em Dermatologia Cosmiátrica para o tratamento das rugas dinâmicas, a toxina oferece uma boa opção de tratamento para aquelas pessoas que apresentam excesso de suor, a hiperidrose.

A hiperidrose pode ocorrer nas axilas e também nas palmas das mãos e entre suas causas mais frequentes estão os estímulos emocionais (hiperidrose emocional) ou uma maior sensibilidade dos centros reguladores de temperatura. A alteração pode ser bastante constrangedora em algumas situações, com implicações na vida social e profissional das pessoas afetadas.

Excesso de suor é eliminado em 2 semanas

A substância é aplicada através de injeções na pele da região axilar ou das palmas das mãos, com intervalos de cerca de 1 a 2cm entre cada aplicação, nas áreas onde a produção de suor é mais intensa.

O efeito máximo ocorre em cerca de 2 semanas e o tratamento apresenta boa eficácia, com interrupção da sudorese na área tratada. A duração do efeito pode chegar até a 8 meses, quando é necessário reaplicar a toxina.

Em relação a efeitos adversos, na região axilar, eles praticamente não ocorrem e o principal obstáculo ao seu uso ainda é o alto custo da toxina botulínica, pois o tratamento exige uma grande quantidade da substância.

Nas palmas das mãos, os principais inconvenientes são o fato da aplicação ser bastante dolorosa e a possibilidade de ocorrer diminuição da força muscular das mãos.

Cirurgia da hiperidrose axilar

Hiperidrose axilar é o excesso de sudorese nas axilas e é causada por uma hiperatividade das glândulas sudoríparas desta região. É mais comum entre adultos jovens, em especial nos homens. Costuma perdurar durante toda a idade adulta e regredir espontaneamente na velhice. Está fortemente associada com nervosismo, estresse, ansiedade e obesidade. Altos índices de hormônio masculino também podem influenciar.

O quadro é caracterizado por sudorese fácil e abundante nas axilas acarretando embaraço social, desconforto, deterioração das camisas e, por vezes, mal-odor. Apesar de ser mais exagerada no calor, esta sudorese pode ocorrer independente da temperatura local, surgindo em decorrência do estado emocional do indivíduo.

Tratamentos

Casos mais brandos podem ser tratados com medicamentos tópicos, iontoforese e/ou psicoterapia. Eventualmente, a hiper-hidrose axilar é uma ocorrência transitória do início da puberdade e pode desaparecer em meses ou poucos anos.

Formas mais graves podem se beneficiar de tratamento sistêmico com agentes anticolinérgicos ou beta-bloqueadores não específicos. No entanto, o tratamento sistêmico pode ter repercussões cárdio-vasculares e deve ter acompanhamento cuidadoso deste sistema pelo médico.

A aplicação de toxina botulínica é uma boa opção, apesar de seu alto custo e da necessidade de constantes reaplicações. A cirurgia de simpatectomia, na qual nervos que estimulam a sudorese são cortados, também pode ser eficaz. A relação custo / risco / benefício deve sempre ser levada em consideração.

Tratamento cirúrgico

Uma opção que crescentemente vem obtendo mais adeptos devido ao baixíssimo índice de complicações importantes é a cirurgia de ressecção das glândulas sudoríparas axilares. É um procedimento simples realizado sob anestesia local, no qual as glândulas são removidas através de dois pequenos orifícios de no máximo 1cm em cada axila.

Seu maior inconveniente é que muitos dos folículos pilosos da região são eliminados conjuntamente, levando a uma diminuição definitiva dos pêlos axilares. No pós-operatório imediato é comum ocorrer equimose (manchas roxas) da região, que regride espontaneamente em cerca de 10 dias. O repouso é importante nos primeiros dias. Subsequentemente, exercícios de alongamento da região tem de ser realizados para evitar fibrose e perda da flexibilidade dos braços. Eventualmente, pode ser necessário o apoio de um fisioterapêuta ou fisiatra.

Pequenas áreas de necrose podem surgir na região, mas isto tem sido menos observado com a técnica não aspirativa. Em geral, é preferível a realização de uma remoção parcimoniosa das glândulas e uma posterior complementação no consultório do que uma retirada radical destas, podendo levar a um resultado oposto: o ressecamento das axilas.

Por fim, a cirurgia de ressecção das glândulas sudoríparas axilares é uma técnica que se limita ao plano cutâneo, não atingindo estruturas nobres e profundas do corpo, portanto, além de agir diretamente sobre a causa da hiperidrose (a hiperatividade das glândulas sudoríparas) esta técnica não apresenta riscos a outros órgãos e pode ser realizada sob anestesia local. Infelizmente, por razões técnicas, ainda não é possível realizar esta cirurgia para hiperidrose palmo-plantar.

Em resumo, a hiper-hidrose axilar é um problema médico-social maior que deve ser primariamente tratada de forma conservadora. Casos rebeldes e/ou mais graves podem se beneficiar da aplicação de toxina botulínica, da simpatectomia ou da cirurgia de remoção das glândulas sudoríparas axilares. Os riscos e os benefícios sempre devem ser cuidadosamente avaliados antes de se tomar a decisão final sobre uma possível terapêutica cirúrgica para um problema que não afeta a saúde física do indivíduo.
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