Um piscar de olhos salva paciente em coma
Os familiares de um homem britânico queriam desligar os aparelhos que o mantinham vivo. Num certo dia ele piscou, e hoje está totalmente lúcido, mas não consegue falar.
Richard Rudd se envolveu em um trágico acidente de moto que o deixou paralisado, em coma. Em novembro do ano passado, um simples piscar de olhos salvou a sua vida. Sua família
desejava desligar os aparelhos que o mantinham vivo, mas sua namorada, Kate Wilson, era contra. Ela tinha esperanças de que ele fosse capaz de se mover e falar novamente no futuro. Hoje, oito meses depois, ele tem total consciência de suas capacidades mentais e consegue responder a perguntas, sorrir e fazer caretas. Só não consegue falar e se mexer, ele tem a síndrome do encarceramento.
desejava desligar os aparelhos que o mantinham vivo, mas sua namorada, Kate Wilson, era contra. Ela tinha esperanças de que ele fosse capaz de se mover e falar novamente no futuro. Hoje, oito meses depois, ele tem total consciência de suas capacidades mentais e consegue responder a perguntas, sorrir e fazer caretas. Só não consegue falar e se mexer, ele tem a síndrome do encarceramento.
Rudd tem o mesmo problema de um editor da revista Elle francesa, Jean-Dominique Bauby, que sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e ficou paralisado. Ele escreveu um livro sobre sua doença sem poder mexer qualquer parte do corpo ou falar, apenas piscando o olho esquerdo. A história ficou famosa depois que virou o filme O Escafandro e a Borboleta. Mia Austin, de 21 anos, tem a mesma síndrome, também resultado de um AVC em novembro passado.
"Se Richard está assim agora, depois de oito meses, eu quero ver o que os próximos oito meses podem trazer", disse Kate, orgulhosa, ao Daily Mail. Antes do acidente, Rudd contou a ela que se um dia viesse a sofrer qualquer paralisia, iria preferir morrer. "Admito que comecei a perder a esperança depois de um tempo; eu percebi que ele nunca iria se recuperar totalmente e que eu nunca teria o Richard de volta", afirma a namorada. Depois que ele piscou os olhos, passou a se comunicar. Foi quando a família perguntou se ele preferia que os aparelhos fossem desligados. Ele respondeu que não, que preferia viver. Rudd tem duas filhas, uma de 14 e outra de 18 anos, e perfeita consciência de sua vida, é completamente lúcido. Só não consegue falar ou se mexer.
Acima, Kate Wilson. Ao centro, o momento em que Rudd piscou. Abaixo, com a filha Bethanie, de 14 anos, já se comunicando