31 julho 2010

Prisões são "incubadoras" de Aids dizem especialistas


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Drogas, tatuagens e sexo sem proteção são os principais problemas

As prisões são autênticas "incubadoras" e "disseminadoras" da Aids em diversos países devido a práticas de risco, advertiram nesta quarta-feira (21) especialistas da ONU (Organização das Nações Unidas). Eles exigiram uma mudança nas políticas nacionais.


O consumo de drogas com seringas usadas, as tatuagens e os piercings feitos sem condições higiênicas, assim como as relações sexuais sem proteção, são algumas das causas para a maior prevalência da Aids e da tuberculose nas prisões.



No mundo todo, há cerca de 30 milhões de presos, cuja taxa de prevalência bem maior do que a do resto da sociedade. Andrew Bell, do departamento de HIV da OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que "as prisões são uma tempestade perfeita para uma longa lista de assuntos sanitários".
Segundo o especialista, que participa de reunião mundial sobre o assunto em Viena, na Áustria, as prisões recebem pessoas que, por sua situação pessoal, seja pela marginalização ou sua exposição às drogas, têm "um risco especial de ter Aids, tuberculose ou hepatite", mas não têm atenção apropriada nos centros penitenciários.

Christian Kroll, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês), afirmou que as penitenciárias "também atuam como um mecanismo que bombeia Aids e tuberculose dentro da sociedade", já que muitos ex-detentos têm comportamentos que aumentam os riscos de infecção.

O fato de muitos sistemas penitenciários estarem superlotados e de os serviços de saúde não poderem atender os presos de forma adequada é outra das causas da propagação da doença. O tabu representado pela homossexualidade em certos países colaborou para a falta de políticas que permitam reduzir o risco de infecção de forma efetiva, como a distribuição de preservativos.

Por isso, os especialistas defenderam que seja garantido o direito ao melhor atendimento possível aos presos, assim como políticas de resultados claros, como os programas de substituição com metadona (substância usada no tratamento de dependentes químicos) e a distribuição de seringas descartáveis para evitar a propagação da Aids.

Os especialistas destacaram Espanha e Suíça como modelos ideais em políticas carcerárias. Na América Latina, "Argentina e Brasil são dois exemplos de países que claramente querem melhorar a situação nas prisões e que estão se esforçando neste sentido", disse Fabienne Hariga, especialista do UNODC sobre HIV nas prisões.

Um dos problemas de muitos países é que sequer há estudos para avaliar a situação nas prisões, ou seja, não há uma base para iniciar mudanças.

O UNODC lançou uma guia de atuação que pode servir como orientação aos governos nacionais nos quais defende o respeito dos direitos humanos, entre eles o direito ao melhor atendimento possível.

Fonte: gestospe
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